ABSTRACT
Este estudo, realizado na cidade de Belo Horizonte - MG, coletou informações sobre hábitos orais deletérios, através de entrevista com 164 escolares entre 6 e 11 anos e questionário enviado para os pais, ambos pré-testados. Observou-se que a maioria das crianças apresentava hábito oral deletério anterior, sendo o mais prevalente o uso da chupeta, segundo os pais e as crianças. Hábitos atuais também foram prevalentes entre as crianças, sendo mais freqüentes os hábitos de morder e roer unhas. Dos entrevistados 95,5 por cento tinham vontade de abandonar o hábito, mas a maioria (61,9 por cento) relatou que não consegue. Apenas 2,9 por cento das crianças relataram ter recebido alguma orientação do dentista para o abandono do hábito oral. O método mais utilizado pelos pais para o abandono do hábito oral (81,3 por cento) foi aconselhamento e conscientização da criança sobre os defeitos causados nos dentes. Encontrou-se relação significante entre atitudes de repreensão utilizadas para o abandono do hábito e a escolaridade da mãe (p = 0,000), sendo que mães com baixa escolaridade estão quase cinco vezes (OR = 4,9) mais propensas a adotar atitudes punitivas com seus filhos, do que mães com alta escolaridade. Observou-se que crianças punidas em hábitos anteriores tendem a apresentar hábitos orais atuais. Conclui-se que programas educativos devem ser estimulados, objetivando a conscientização das famílias e dos dentistas